domingo, 24 de abril de 2011

Mãos

“Estender as mãos a quem necessita é ato sublime, toque sutil de Deus, ajudando ao próximo.
Mãos da mãe carinhosa que cuida de seus filhos, preparando-lhes o alimento diário, acariciando-lhes os cabelos, as faces, o carinho enternecido e indisfarçável do rosto feliz, a sensibilidade de quem ama, protege e ampara, para sempre.
Mãos que suplicam a ajuda amiga, quando a necessidade bate à porta, o ato carinhoso de ajudar sempre sem ver a quem.
Mãos que amam em leve toque a uma flor.
Mãos que mexem a terra, que plantam sementes que geram alimentos, para alimentar a humanidade.
Mãos que se afagam, se aquecem em respeitoso cumprimento, o calor das mãos que representa o amor, o que transporta o coração para auxiliar sempre e cuidar de quem tanto necessita de atenção.
Mãos solidárias, mãos amigas, mãos fraternas, mãos que levantam os combalidos, que preparam os alimentos para os necessitados em missão de amor ao redor do mundo.
Mãos que se unem e rezam contritamente em louvor a Deus, que abençoam as crianças, amparam os idosos e protegem os animais.
Mãos abençoadas, mãos que trazem a flor, mãos de Jesus, o Mestre que falava com o coração e com as mãos.

Mãos que são úteis ao redor do mundo, que selam a paz entre as nações, mãos amigas que acenam com um até breve, um até logo, um definitivo adeus.
Mãos que cuidam dos jardins floridos, que plantam encantadoras flores tingindo a vida de felicidade e afagam corações sofridos.
Mãos que tocam um violão saudando o amor, mãos dos artistas que trabalham e dão vida às artes em suas íntimas manifestações, o escultor, o artista plástico, o artesão, mãos que transformam palavras em poesia, mãos do poeta, mãos das ilusões.
Mãos do cirurgião que salva vidas, do dentista que repara o sorriso, mãos da humilde lavadeira que lava roupas para sobreviver
Mãos do escultor, do artista plástico, do artesão, mãos que seguram a caneta para o poeta escrever o que vem de sua alma, no calor de sua inspirada emoção.
Mãos que são úteis à vida, que constroem, que permitem um sorriso longo e sincero em um rosto translúcido de paz.
Mãos do cientista, do professor, mãos de todas as pessoas que trabalham e produzem em nome do bem.
De mãos dadas com as verdades espirituais eu agradeço a Deus por perceber como são úteis as mãos, independente de serem brancas, amarelas, negras ou vermelhas. São todas as mãos que precisam se apertar, rumo à construção do amor no planeta, mãos juntas que constroem a esperança e a felicidade.
Mãos que se afagam, que se unem umas às outras, que trazem consigo o que há de mais nobre dos sentimentos e os distribui sem ver a quem: mãos que procuram outras mãos, doando-se sem parar.
Essas mãos têm em si as mãos de Deus, pois são incansáveis, trabalham os gestos para o amor definitivamente se manifestar.”

Gilberto Pinheiro

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