sexta-feira, 12 de outubro de 2012


“És presença.
E, mesmo quando és ausência,
és muito mais do que saudade.
És vontade de ver de novo,
de ver mais,
de ver mais de perto,
ver melhor.
E tocar,
de modo que, cada toque,
eu tenha um pouco mais de ti em mim,
para que não haja mais ausência.
Te encontrar
virou apenas uma questão de fechar os olhos.
Tenho confundido ‘eu’ com ‘nós’.
Mas essa confusão só me acontece
porque eu tenho certeza de tudo que eu sinto.
E o que eu sinto é o tal do amor.
Aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro amor,
que eu achava que não existia mais.
Pois existe.
E arrebata, atropela, derruba,
o violento surto de felicidade causado
pelo simples vislumbre do teu rosto.”
Lucas Silveira

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