quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014



A minha voz move-se ainda em biliões de bocas, o meu peito
carrega angústias, alegrias, conhecimento e desconhecimentos,
e razões que apesar de tão fundas ainda continuam a doer.
Em mim, quantos nomes, quantos encontros de amor? 
Em mim, quantas árvores, quantas estrelas, quantas aldeias? 

E não sei que idade tenho. Talvez sessenta anos. Talvez 
o tempo do amor. Ou o tempo que falta para salvar o amor.


Joaquim Pessoa

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